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Amor Reprimido

Eu não posso mais ouvir a voz
Ou o grito que a garganta sufoca
Eu não posso ser cruel e algoz
Deste amor que já não trago à boca

Mas que teima em explodir em meu peito
Prisioneiro posto entre as grades
Que insurges contra o aço feito
Com as rosas rubras das saudades

Deste amor que não tem jeito
Como um arranjo em um jardim
Ou as flores de um canteiro
Como a dor do mundo inteiro

Cresce puro e verdadeiro
E apesar de derradeiro
Este amor, já não tem fim

Alexandre