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Onde o rio parou

Correm as aguas do rio,
e ao largo, preso a margem,
seguro nas folhas e raízes
algo se entrega ao desvio.
E permanece na mesma paisagem,.
indiferente as correntes e crises.

Fora a ele, tudo mais entregue
Sempre um rio outro, e diferente,
mas, à sua margem, nada muda.
Esta imerso, mas ao vagar não segue.
Para ele o estagnar é o presente;
um presente que nunca muda...


O viver; este rio que venço.
O amor; um graveto ancorado.
Que não se deixou ir embora,
e permanece a beira, em suspenso,
como se a agua não houvera passado.
Relógio a marcar a mesma hora...

Do chorar em turbilhão, que leva
ao final, de perder-se no nada...
Cina também do desterro que encalhou.
Mas, diz não ao diluir, errando em treva,
finda onde sabe. Sua margem guardada.
Onde o rio as aguas parou...